domingo, 24 de julho de 2011

Tar

Deitada no corpo giratório das palavras,
Com minhas mãos, quis parar a roda
De todo o mal que se deposita entre suspiros.
Pretendi encontrar o lugar
Onde o todo se realiza e há paz
- Há paz? -
Mas só encontrei morte nas tuas mãos
Em torno do meu pescoço.
Talvez a vida só desvele algum regalo
Quando os olhos de neon se fecham
E reina esse silêncio de reflexo apagado
No vidro da espera.

(A Tar es imposible llegar...)

Um comentário:

Pedro disse...

não viver a morte: um exercício de liberdade. Mas justamente não viver isso é esquecer, e aceitar.
Onde o todo se realiza talvez seja em qualquer lugar do planeta, há qualquer momento finamente aleatório. O Tempo é o nosso Deus que rege o relógio de nossos suspiros