sexta-feira, 9 de maio de 2008

novas experiências

Eu ando num exercício de ouvir essa minha casca, não ver ela só como uma ferramenta, mas como um meio de expressão, criador de desejos, de demandas. o corpo como um meio produtivo em si, e não só um instrumento subordinado a mente. o que esse corpo fala, que não fala a mente? e por que separar corpo de mente, rejeitando o corpo? sem corpo não há subjetividade; o corpo é subjetividade, é algo próprio, tem suas reações que muitas vezes se adiantam ao pensamento. ouvir o que meu corpo pede, o que ele deseja, como ele reclama. pausar o automatismo racionalista que só preza a via mente-corpo, que vê o corpo como um serviçal do pensamento. proponho descontruir essas relações: o corpo está vivo! o corpo produz! o corpo clama, ouça o corpo! ouça o desejo dos seus dedos, as demandas dos seus pés: correr, pular, escorregar? ouça o ranger dos seus ossos cansados, sinta a necessidade de tocar diferentes superfícies: e veja isso tudo como um desejo a ser realizado, um desejo pulsante, que se dá na superfície de contato e que se produz num encontro entre mãos, entre vibrações, entre arrepios. permita ao corpo desejar livremente, sem o domínio da mente. permita ao corpo produzir, sem necessidade de racionalização de significados. permita o corpo: seja!

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