me rendo ao movimento caótico
do meu epicentro;
minha espinha dorsal é bailarina.
me rendo aos ventos que me sopram longe;
abandonei minha nau à sua sorte,
e hoje navego todos os oceanos.
me rendo à busca sem fim,
pulo telhados e não durmo mais de uma noite
na mesma praça.
me rendo a tudo que me falta e me contorna;
e faço desse bolso furado a coragem
e as pernas para correr o mundo.
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