segunda-feira, 9 de junho de 2008

vasta podridão

estou distante e etérea:
seca,
cinzenta e bruta.
sou verme e andanças
no cérebro de quem lê.
sou câncer pestilento
nas vísceras de quem sabe.

Um comentário:

Pedro Lunaris disse...

tu é intensa
na eterealidade, até mesmo
e isso que pega que sabe
que fica presente
mesmo a ausência
e pra gente que sente
é um ganho
porque verme, câncer ou dor
é vida
e tu sabe
e pra gente que sente
aparece

pra mim falta a ponte
(é claro)
pra mim, vai saber
pra ti, o quê?
um retorno?
um espasmo?

vai lá ver
vai lá ser
tu é intensa mesmo na eterealidade
pra quem sente e vê
que é a vida, aí
basta
e pra ti?