domingo, 27 de abril de 2008

nenhum talento para o lado prático da vida.

não tenho talento
pro lado prático da vida.
pros números, pras construções, pras letras.
para todos os moldes.
não tenho o talento
do encaixe perfeito
da rapidez desconjunta
do atropelamento surdo.
não tenho talento!
nem tempo
para não viver os ventos
e não sentir os corpos.
meu tempo eu gasto
em flagelos e sorrisos.
e vida pulsante.
Me escorro pelo mundo
sem talento para tudo
que tem forma mínima
e não alça vôo.

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