domingo, 28 de outubro de 2007

Fragmento

E continuamos a beber.

Beber por quê? Por que beber é bom? O álcool me suga, me esvazia, me alivia, me dramatiza, acentua o traço de vida, borrão quase apagado da minha existência. Me sinto viva, me sinto quase Mrs. Dalloway... me sinto ar. Mas me sinto fogo, Anaïs Nin, me sinto terra, Simone de Beauvoir.... e me sinto água fluida, como... como eu mesma, que passo de um personagem a outro, como num passe de mágica. Me fantasio do que quero, dissimulo, engano a todos, e vou pra casa com um sorriso no rosto - e o coração petrificado.

Um comentário:

Leonardo Halfen disse...

um belo texto. Uma bela reflexão. Acho que têm muito a ver contigo o que está transcrito aqui.. Muito Julianna mesmo!! original.. talvez esse seja o caminho, reflexões dignas tuas.. não tão renato russo vai a fármacia comprar lexotan! hahahahh

parabéns eu curti!

:**

beijao!