segunda-feira, 15 de outubro de 2007

anaïs nin: psicanálise poética?

"Nas múltiplas peregrinações do amor, Sabina era ágil em reconhecer os ecos dos desejos e amores maiores. Os grandes amores, especialmente se nao tivessem tido morte natural, jamais morriam por completo e deixavam reverberações. Uma vez interrompidos, rompidos de maneira artificial, sufocados acidentalmente, eles continuavam a existir em fragmentos separados e pequenos ecos menores.

Uma vaga semelhança física, uma boca quase similar, uma voz levemente parecida, alguma partícula do caráter de Philip, ou de John, emigrariam para um outro que ela reconhecia de imediato em uma multidão, em uma festa, pela ressonância erótica que despertava.

(...)

O corpo continuava vulnerável a certas reproduções, muito tempo depois de a mente acreditar que tenha havido uma separação clara, final".

identificação parcial com o traço do objeto?

Um comentário:

Leonardo Halfen disse...

Gabo? texto Gabiano esse... mas bem bom!! :**