terça-feira, 11 de novembro de 2008

dosares

e eu que
queria os ares
que queria os
mares sem
par.
queria querer
sem fim o que
não sei
se quereria
querer:
o verbo estar.
para além das
lentes
arranhadas de
ser
que limitam o
jardim dos
olhos-par,
para além do
obscuro fundo
da minh'alma
canhestra:
- a morte cala
a morte
d'alma,
a morte d'alma
grita
a morte.


e eu que
queria o
infinito total
da letra que
marca a sorte,
sem querer
quis
o final
e o desejo, enfim,
fez norte:
minha letra
crua
sem fio pra corte.

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