sábado, 14 de maio de 2011

Não se sabe o quanto os sorrisos amaciam os dentes. Os ossos luzidios, brancos, densos, podem cortar a carne dos lábios, podem cortar a carne do corpo, mastigar o coração com a calma violenta que cabe àqueles que se sabem em vantagem brutal. Mas os sorrisos, rasgos simples de canto de boca, essa abertura desordenada - o sorriso, ele expõe.

Ninguém suspeitaria de mãos tão frágeis. Unhas polidas, sem esmalte, sem cheiro. Dedos longos. Incrível como Metacarpo e Falange passaram a me soar ridiculamente poéticos.

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